sábado, 27 de febrero de 2010

Biblioteca de São Paulo

A Biblioteca de São Paulo, Casa de Detenção de São Paulo, Casa do Saber de São Paulo, Casa do Crime de São Paulo. Não acredito que agora enfrentem os mesmos problemas de superlotação. Infelizmente São Paulo não tem um número de freqüentadores de biblioteca tão vasto como de criminosos. Por isso a Biblioteca não tem nove Pavilhões. Tem um. É linda, sim. É brava, arquitetura de dar esperanças ao raro paulistano de bom gosto, que engruvinha a testa para esses edifícios neoclássicos ou envidraçados feios e com arquitetos tão provavelmente bem pagos. Dá até vontade de vomitar, dá sim. Eu só não vomito para não sujar o carro, porque a lavagem nessa cidade está custando R$15,00 sem cera e R$20,00 com cera. E você tem que ficar esperando, se quiser que te entreguem em casa são R$25,00.


Mas voltemos à Biblioteca. Passei por lá e vi Machado de Assis, vi Quino, vi Franz Kafka e vi Stieg Larseen. Fiz até uma carteirinha de sócia e agora posso visitá-los quando esteja intelectualmente inspirada. Ou melhor, fisicamente inspirada, porque teria que pegar o ônibus que em 40 minutos num dia milagroso de trânsito estaria no Metrô Armênia e, daí, rapidinho, até a biblioteca. Mas como não tenho toda essa disposição e dias milagrosos de trânsito já estão tão extintos quanto a famosa garoa paulistana, talvez não volte a vê-la nos próximos dois anos ou mais. Tudo bem, eu não gosto de pegar livros emprestados porque derramo sagu neles.